Amazônia em foco

Em reunião com ministros, Pará propõe ações permanentes para proteção do meio ambiente

Governadores apresentaram uma série de ações estruturantes que há tempos necessitavam ser feitas, a fim de incentivar a produção e fortalecer a proteção do meio ambiente.

Governadores da Amazônia Oriental se reúnem, neste momento, com uma comitiva formada por nove ministros e coordenada pelo chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, realizada no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. O ministro informou que o encontro foi uma decisão do presidente da República, Jair Bolsonaro, que recebeu, na última semana, os representantes dos estados.

"Na reunião, os governadores apresentaram uma série de ações estruturantes que há tempos necessitavam ser feitas, a fim de incentivar a produção e fortalecer a proteção do meio ambiente. Esse equilíbrio é importantíssimo", afirmou Lorenzoni. Entre os ministros participantes estão o da Agricultura, Tereza Cristina, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

O governador do Pará, Helder Barbalho, foi o primeiro a explanar sobre a realidade na Amazônia e o plano síntese de ações para o desenvolvimento sustentável do Estado. Foram apresentadas seis ações imediatas e estruturantes para a região. "Precisamos agir para não viver futuramente com essa realidade. O que acontece em 2019 se difere pela ampliação dos registros, porém não é possível afirmar que os incêndios e as queimadas na Amazônia tenham começado esse ano", pontuou.

Entre as ações apresentadas estão:

- Definição de áreas prioritárias para prevenção e controle de crimes ambientais: BR-163 (Novo Progresso e Altamira) , Xingu (BR-230) e Xingu ATM/SFX. As três regiões compõem mais de 90% dos focos de queimadas;

- Criação de polos de justiça agroambiental integrada, para que os crimes ambientais sejam punidos;

- Criação da sala de situação para emergências ambientais na Amazônia legal;

- Organizar um fluxo de informações em tempo real;

- Monitorar e dar resolutividade;

- Identificar e legalizar a questão fundiária;

- Fortalecimento do Fundo Amazônia e execução das ações planejadas.

“Esses são pontos centrais que podem potencializar o agronegócio e, ao mesmo tempo, impedir o crescimento desordenado e ilegal na Amazônia", acrescentou o governador do Pará.

Em seguida, Waldez Góes expôs a realidade do Amapá. “Essa pode ser uma oportunidade única para nós estabelecermos uma agenda permanente, para criar ações de combate, monitoramento e punição e, ao mesmo tempo, pactuando uma comunicação permanente e direta no trabalho a longo prazo. É hora de criar a sala de situação, monitorar em tempo real, integrar e interagir", afirmou.

Os governadores de Mato Grosso, Mauro Ferreira, e do Tocantins, Mauro Carlesse, foram os últimos a se pronunciarem. A reunião ainda está em andamento.

 

 

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